Livros
A Rainha do Nada
Data: 28 de novembro.
esse também foi muito bom. se tiver que falar um defeito, acho que foi a forma que ficamos sabendo da morte de um personagem que morre entre um livro e outro. achei isso meio sem graça. isso e o fato de que não pudemos ler as cartas do cardan dentro da história. primeiro que os livros tem poucos momentos tão românticos quanto essas cartas, sabe? então acho que perdemos essas lindas declarações de amor no texto. enfim. a história começa com a jude se passando pela taryn (personagem essa que eu não levo muito a mal, ao contrário do resto da internet, pelo que observei no reddit), e acabando sendo sequestrada pelo madoc. aqui a gente vê o romance se desenvolver de verdade, né. tem muita intriga, mistério, confusões. o cardan se comunica muito mal, e a jude mais ainda. isso me incomoda um pouco mas acaba que bem. personagens são personagens. eles fazem um casal muito bonito apesar de realmente partirem de inimigos para amantes. sei que pode ser questionável mesmo, afinal, o cardan era muito escroto. mas eu gostei. eu gostei. eu sempre gostei da holly black, li tithe muitos anos atrás e acho que ela refinou a escrita muito de uns tempos pra cá, pelo visto. gostei muito mesmo, não lembro qual foi a última vez que curti tanto um livro como esse.
Wicked King
Data: 27 de novembro.
esse é muito bom. muito bom. do começo ao meio você fica indignada com o quanto a Jude é paranoica e desconfiada, mas ali no final engrena perfeitamente e eu não consegui parar de ler. esse finalzinho, essa crença que ela teve nele que foi traída... eu sinto que é tudo parte de um plano mas sentir isso é ser ainda mais vulnerável pra possibilidade de que essa humilhação é a mais humilhante! sei lá. senti sentimentos nesse ai, 5 de 5.
O Príncipe Cruel
li esse na viagem pra são paulo e tô tendo dificuldade pra decidir se gostei. algo na escrita da holly black me atrai. talvez seja esse universo das fadas, já que li tithe duzentos mil anos atrás e gostei. mas tem alguma questão aqui que me faz ter dificuldade... acho que a protagonista não é lá muito boa. sei lá o que me incomoda nela. o príncipe supostamente cruel não me parece cruel de verdade. ele possui algumas atitudes cruéis mas que no final das contas não parecem atitudes que ele tomaria. eu sei que bem... ele toma. mas é como se não encaixasse bem com a personalidade que ele passa a ter na história. sabem o que quero dizer? é uma história interessante, com twists que me interessaram o suficiente para querer ler mais.
A Árvore Mais Sozinha do Mundo
Data: clube de leitura de outubro.
clube do livro da gabriela de outubro que foi um livro ótimo, contando a história de uma família de pequenos agricultores de tabaco do sul do brasil por meio da perspectiva de objetos inanimados da fazenda: um espelho português presunçoso, herança de família, uma caminhonete rural antiga que tem muita compaixão, uma roupa de proteção com baixa auto estima e a arvore mais sozinha do mundo. escrita gostosa de ler e com personagens em dobro, afinal, quando lemos os pensamentos dos objetos, eles também se tornam personagens. a família, composta pelo casal protagonista e suas duas filhas e um fiilho, passa por problemas: falta dinheiro, falta escola, falta saúde. a produção de tabaco já é especialmente perigosa, mas tem o agravante do uso de agrotóxicos. quando eu trabalhei no interior do país, justamente com esse público rural, ouvi muito que era comum que agricultores endividados cometessem suícidio bebendo agrotóxicos. seria a depressão consequência ou causa das dívidas? enfim. é um livro em que acompanhamos essa família de pessoas muito diferentes que vivem juntas. e acompanhamos por menos de uma safra inteira. e foi muito gostoso de ler. estimulante, gostei muito.
Nadando no Escuro
Data: livro do clube de setembro.
foi o livro do clube de setembro, e eu sempre quis ler muito. mas achei decepcionante e fraco.
Diário de um Banana: Casa dos Horrores
Data: lido em 14/11/2025.
achei muito engraçado, como todos os anteriores. são livros curtinhos que leio com a minha vizinha. nesse volume o coitado do greg passa por poucas e boas no inverno na casa dele. é um exemplar que te lembra que é um livro infantil, afinal, o greg ainda acredita em papai noel e ainda se comporta nos momentos próximos ao natal para evitar deixar de ganhar presentes. achei bem fofo e ri muito.
Susan Não Quer Saber de Amor
não sei mais quando li, provavelmente outubro de 2026. eu até que gostei? eu gosto de romances em geral e esse tem uma fórmula bem diferente. quando a mãe da susan morre, ela é obrigada a encarar de frente algumas questões familiares inclusive referentes a relação dela com a mãe, o irmão, o pai, a tia, e as pessoas ao redor. é interessante acompanhar uma pessoa extremamente prática e meticulosa tendo que deixar para trás alguns sentimentos, especialmente quando ela se vê grávida e percebe que crianças demanda o cuidado de uma comunidade. enquanto lia eu não estava ativamente gostando, mas no final a história me pegou e acabei gostando mais e mais.
Todo Garoto Tem
seria o pior da série tranquilamente mas a querida quis ressuscitar a trilogia depois de 100 anos. esse homem simplesmente não possui charme. fico me perguntando se seria porque ele é o único homem que demonstra interesse em outras mulheres antes da protagonista. sei lá, acho que não é isso, ele é chato. pouco importante. o contexto da história está diferente das outras anteriores, já que se passavem dentro do ny journal e essa é. no exterior e tudo mais. sei lá. é decepcionante.
O Garoto Está de Volta
é um livro difícil de gostar. não compreendo por que ela decidiu fingir que era relacionado aos outros livros dessa coleção, sendo que nos outros todos são funcionários do nyjournal e nesse... não tem nada a ver, mesmo que ela tente forçar essas conexões. a história é bem chata, acho que ela tenta fazer uma releitura de jane austen que não cai bem, o protagonista é jogador de golfe, o que eu particularmente acho péssimo. o romance é fraco, eu não consegui torcer pelos dois. algumas coisas simplesmente não fazem sentido, como o retorno da amiga do japão. enfim. péssimo, a diva perdeu a mão.
Kim Jiyoung, Nascida em 1982 (livro)
é um livro angustiante pra todas as mulheres. claro que virou um hit instantâneo, afinal, todas as mulheres conseguem se identificar com tantas situações de machismo diárias. é interessante fazer uma comparação entre o que a kim jiyoung relata de acontecimentos e o que acontece no nosso país. acaba que é uma forma bem diferente de machismo. achei excelente e recomendo a todos a leitura. não é um livro de leitura difícil, comecei a ler no domingo a noite e terminei na terça de manhã. de certa forma nós conseguimos ver as mudanças acontecendo, mesmo que lentamente. me lembra um pouco da série da iu com as tangerinas.
Dias de Abandono
angústia, pânico. terror. me falta ar só de lembrar